terça-feira, 1 de agosto de 2017

CAMINHONEIROS PROTESTAM PELAS RODOVIAS DE TODO BRASIL



Nesta manhã, caminhoneiros se reuniram em vários pontos para protestar contra o aumento do preço do combustível, devido ao reajuste nas alíquotas do Pis/Cofins. Muitas das paralisações aconteceram somente durante a manhã. Os manifestantes se reuniram com placas e cartazes e, em alguns locais, houve queima de pneus e interdição.

Houve manifestações na BR 116, em Santa Cecília, município de Santa Catarina. Em Minas Gerais, houve também manifestações nas rodovias BR 381, no km 361, em João Monlevade e BR 040, em Paracatu, na altura no km 45. Em todas essas, a passagem de carros e ônibus foi liberada. As informações são do Portal Tribuna. Segundo o Portal G1, também houve um bloqueio em Divinópolis, na MG 050, que durou cerca de 40 minutos durante a manhã.

Imagens de Feira de Santana – BA, enviadas via WhatsApp. Segundo informações, os manifestantes bloquearam apenas a passagem dos caminhões.



Em São Paulo, houve manifestação na Rodovia Alcídio Balboum, além de um bloqueio na Rodovia Anchieta, no acesso ao Porto de Santos às 7h da manhã, causando congestionamento que chegou a cinco quilômetros de extensão. De acordo com a Ecovias, por volta de 11h50 o tráfego no local foi normalizado. No Rio Grande do Sul, caminhoneiros bloquearam o acesso ao porto de Rio Grande e protestaram em outras duas rodovias, as BRs 285 e 468. Também há registro de bloqueio na BR 116 em Itatim, na Bahia. Em Goiás, a BR 452 teve uma de suas pistas bloqueada em Rio Verde, e há mais uma interdição parcial na BR 153, km 515, em Aparecida de Goiânia. 

A faixa sentido sul da BR 163 no km 747, região de Sorriso – MT, foi interditada por caminhoneiros durante a manhã. Os manifestantes liberaram o tráfego às 10h e informaram que às 11h30 bloqueariam os dois sentidos da via nesse ponto, com liberação de tráfego a cada 2 horas. No local, havia cerca de 100 manifestantes. No momento da paralisação, os manifestantes impediam apenas a passagem de veículos de carga, liberando a passagem de carros, veículos pesados com carga viva e perecíveis, ambulâncias e ônibus. Às 14h17, a Rota Oeste informou que os manifestantes voltaram a interditar a rodovia nos dois sentidos da via neste ponto.

A Rota Oeste também registrou interdição da faixa sentido norte no km 854 da BR 163, saída norte da travessia urbana de Sinop – MT, no trevo de acesso a Juara – MT. Segundo a concessionária, o protesto reúne cerca de 15 manifestantes. A previsão é de que o bloqueio termine às 19h.
Imagens de Feira de Santana – BA, enviadas via WhatsApp.



O Pé na Estrada segue acompanhando as movimentações nas rodovias de todo o país. Grande parte das manifestações barraram o acesso apenas de caminhões, permitindo que carros e ônibus passassem livremente. Em alguns locais, os caminhoneiros se posicionaram no acostamento com faixas e cartazes com suas reivindicações. É importante lembrar que impedir a passagem de veículos com o caminhão é crime e usar qualquer veículos para, deliberadamente, interromper, restringir, ou perturbar a circulação na via sem autorização é considerado infração gravíssima e causa a suspensão imediata da CNH.

Nos últimos dias, houve muita movimentação por parte dos caminhoneiros nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, à respeito das manifestações. Todos os anos, caminhoneiros fazem protestos reivindicando seus direitos e pedindo por melhorias. Quem não se lembra dos protestos no início deste ano, em Rondonópolis, Mato Grosso? Desde o início das manifestações, que duraram cerca de uma semana, os objetivos eram bem claros: aumento do frete e obrigatoriedade do cumprimento de uma tabela mínima já existente no estado. Após uma semana de protestos pacíficos e muitas negociações, o resultado foi positivo: os estradeiros conseguiram a implementação da Tabela Sefaz (tabela feita pela secretaria da fazenda), como sendo uma tabela mínima obrigatória no estado, além do preço do frete aumentado.

As manifestações de hoje, apesar da expectativa, não tiveram a adesão esperada. A saída parece simples, mas é complexa: organizar-se para que, assim como aconteceu em janeiro, as reclamações dos caminhoneiros possam ser ouvidas e, quem sabe, atendidas.

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